Na cabeça de uma das mais importantes corporações multinacionais de
origem argentina, sócio de Eduardo Eurnekian,
Ernesto Gutiérrez Conte analisa o
panorama e conta sobre seus projetos e os desafios das crises.
“Ponho muita paixão ao que faço”, disse Ernesto Gutiérrez Conte, CEO de
Corporación América e Presidente de Aeropuertos Argentina 2000, um grupo
empresário com mais de 5.000 empregados, que administram os 33
aeroportos do país, além de grandes inversões em produção de biodiesel e
infra estrutura.
-¿En que consistem os negócios de Corporación América?
Ernesto Gutiérrez Conte -A Corporación América é uma empresa multinacional. Na Argentina, os
negócios mais importantes estão nos aeroportos: operamos 33 estações do
sistema nacional aeroportuário da Argentina e dois aeroportos que estão
fora desse sistema – Bahía Blanca e Neuquén-. Mas, além disso a
Corporación tem interesses em negócios que tem a ver com o petróleo, com
bicombustíveis -temos uma planta na zona de San Martín-, nos negócios
agropecuários, em negócios de Infra estrutura -tanto no que é infra
estrutura básica como todo o que tem a ver com a rede de caminhos-,
temos empresas construtoras y mais. Além de tudo isso, estamos
exportando a outros países e temos correlato com relação aos mesmos
negócios em países como o Equador, Uruguai, Itália, e em lugares
longínquos, como Armênia.
-¿Em todos estes países operam aeroportos?
Ernesto Gutiérrez Conte -Sim, é a área de negócios mais importante: administramos Carrasco,
Punta del Este, Guayaquil. Mas, além disso, estamos construindo o
primeiro aeroporto ecológico do mundo, nas Ilhas Galápagos, um lugar
paradigmático em matéria de preservação do meio ambiente. Temos
aeroportos na zona de Régio Calábria, em Itália, e em Yerevan, um
aeroporto que está construído sobre a base de sistemas anti sísmicos
praticamente de caráter inédito no mundo. Desenvolvemos esta expertise e
agora o levamos ao mundo, porque não só administramos o lado terra –
estamos em tudo o que implica operar uma terminal aérea, incluindo áreas
de carga e free shops-, se não que também geramos antecedentes muito
importantes em todo o que tem a ver com as áreas do lado ar, o que é a
administração das pistas, das plataformas, da segurança do aeroporto.
-¿Que porcentagem de seus negócios corresponde a aeropuertos?
Ernesto Gutiérrez Conte -Hoje aeropuertos deixou de ser o principal eixo de negocio, deve estar
na ordem de 35%. O setor de energia, tanto o que tem a ver com petróleo
como com bicombustíveis, ha tomado uma preponderância importante. O
agro, mesmo que dirigimos grandes volumes e superfícies, não gera
ingressos comparáveis aos destes grandes investimentos. A área Infra
estrutura é uma área que está crescendo muito, na qual estamos fazendo
uma aposta muito grande, tanto em Argentina como no exterior.
-¿Como está planejado o investimento de Ezeiza e por que ainda,
depois de dez anos de investimentos não temos o aeroporto que nos
gostaria ver?
Ernesto Gutiérrez Conte -Ezeiza, como qualquer outro aeroporto, tem duas características:
primeiro e fundamentalmente, o aeroporto é uma situação viva, constante,
mais ainda os aeroportos que já estão instaurados e nos quais as obras
de engenharia que se fazem vão dando capacidade operativa ao longo do
tempo. No mês de outubro inauguraremos toda una área que tem a ver com a
ampliação de aproximadamente 80.000 metros cobertos do aeroporto, que
pelo período de 30 dias vai receber todos os vôos de Aeroparque. A sua
vez, vamos a fechar Aeroparque para trabalhar sobre a pista nova e
retificar algumas ruas de rodagem, intervenção que necessitará fechar o
aeroporto durante 30 dias. Todos os vôos vão ser derivados ao novo
Ezeiza, enquanto isso o velho Ezeiza continuara operando.
-¿Então quando estaria Ezeiza nas condições físicas nas que vocês querem deixá-lo?
Ernesto Gutiérrez Conte -Hoje em dia Ezeiza está operando numa categoria C de aeroporto, que é
uma categoria na qual 85% dos aeroportos do mundo estão em operação,
salvo as operações de novos aeroportos ou aeroportos que se hajam
configurado novos, que por aí estão em categoria B. Quando esteja
operacional a nova terminal no mês de outubro, o aeroporto vai passar de
categoria. O tráfico de passageiros vai continuar subindo, e nos vamos a
continuar trabalhando para gerar uma nova ampliação no momento em que
essa categoria volte a ter um descenso.