¿Como se desconectam os “número um” das principais empresas do país?
Um repasso por suas carreiras e seus hobbies. Os executivos como nunca
se viu antes.
Múltiplas reuniões, telefones que não param de tocar; pedidos de
corporações, definições de estratégias. Apenas uns minutos no dia para
descansar, mas sempre acompanhados de um implacável smartphone, que não
os abandona nem a sol nem a sombra e os mantém conectados durante 24
horas. A turbulência da vida dos “número um” não para. As
vezes não conhecem os fins de semana nem ferias. Por isso, na vida dos
empresários e executivos mais importantes, o simples fato de ter um
hobby ou uma atividade extra laboral cobra um valor diferente. Se
converte no cabo a terra, aquilo que lhes permite, ainda que seja por um
par de horas, deixar os problemas dos negócios de lado e concentrar-se
em algo mais. O pódio dos preferidos, quem esta ocupado pelas atividades
ao ar livre, talvez como contraparte de tantas horas de oficina. ¿Os
esportes mais escolhidos? Tênis, golfe, futebol, inclusive pólo. As
vezes, algo mais exótico, como sortear ondas de vários metros de altura
no Pacífico, bucear entre tubarões ou surpreender com truques de mágica.
Tudo é válido para os “número um” que, em ocasiões, encontram as
soluções aos seus problemas enquanto, simplesmente, golpeiam uma bola.
Ernesto Gutiérrez Conte é presidente de Aeropuertos Argentina 2000
O surf o conquistou aos 13 anos, quando começou a tornar-se vicio em Mar
del Plata. Logo, a medida que crescia no mundo executivo, também o fez
nos destinos surfais: Brasil, Peru, a costa Oeste dos Estados Unidos, o
Pacífico, Indonésia e Europa são só alguns. De fato, viveu um tempo na
ilha Huahine, na Polinésia, onde estão as melhores ondas do mundo. Faço
durante todo o ano a Costa Rica, El Salvador, Hawaii, Tahití e treino
com mais força na previa a viagem a Hawaii, onde tenho que ir o mais
preparado possível porque é uma vivencia mui forte”, explica. O
presidente de Aeropuertos Argentina 2000 e sócio de Eduardo Eurnekian no
grupo começou a empreender fazem 17 anos, quando criou a empresa Bali,
de importação de trajes de neoprene e fabricação de pranchas e equipe
para surf. “Faz 40 anos que surfo e agora faço com toda minha família e
um grupo de amigos de infância”, conta. Quase não deixa esporte por
praticar: joga pólo, esquia, pesca com mosca, bucea e também proba seu
swing nos campos de golfe. Jogou ao rugby em CUBA e SIC.. Também passou
pela industria cervejeira –sua afiliada, Inversora Cervecera Sociedad
Anónima (ICSA), vendeu ao grupo chileno Luksic (fabricante regional de
Budweiser) as marcas Bieckert, Palermo e Imperial, a menos de um ano de
haver-las adquirido. “Nos negócios, como no surf, tudo é questão de
timing, de controlar os tempos e de treinar o suficiente para ganhar a
onda e não perder-la”, completa.